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Nesta quarta-feira, 04, o vice-governador do Estado, José Paulo Cairoli participou de reunião-almoço na Associação Comercial e Industrial de Carazinho (ACIC). Participaram do evento, autoridades locais e regionais, empresários, presidentes de associações comerciais e industriais, políticos, associados e representantes dos setores da Saúde e Educação de Carazinho e região.

Na ocasião, Cairoli recebeu um documento assinado pelo presidente da ACIC, Jocélio Cunha, onde foram listadas algumas demandas do empresariado e do interesse da comunidade em geral. Dentre elas, a redução do ICMS, a extinção do piso regional, o desenho de um modelo de concessão de rodovias que não prejudique o desenvolvimento; a manutenção do Estado mínimo, que contemple Saúde, Educação, Segurança e Justiça como prioridades e por fim, o aumento do efetivo regional, tanto da Brigada Militar quanto da Polícia Civil.

Como resposta à carta aberta, Cairoli relatou as dificuldades enfrentadas pelo Estado e disse que a responsabilidade da crise financeira enfrentada hoje é de todos os partidos que governaram o RS, sem exceções. "Precisamos mudar a forma como o Estado é gerenciado. Estamos trabalhando na mudança das leis. A crise nos ajuda a fazer as mudanças urgentes, por necessidade, e neste ponto, ela é boa", afirma.

Quanto aos pontos elencados no documento, o vice-governador respondeu que, no momento, não há como reduzir o ICMS; que, no ano que vem será discutida a extinção do piso regional, a despeito do desgaste político que isso possa causar ao Governo; que o Estado está propondo um modelo de concessões das rodovias baseado na transparência, com visão do todo e que, na questão da segurança pública, o Governo está comprometido em mudar a gravidade da situação e que em 30 dias apresentará respostas efetivas.

Cairoli também listou uma série de medidas que foram e estão sendo tomadas para gerenciar a crise financeira do Estado. “Não são medidas populares, mas assumimos fazer esse enfrentamento, que certamente terá um preço político, porém, ajudará os próximos governos, como a Lei da Previdência Complementar, Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, Lei de Diretrizes Orçamentárias realista, orçamento anual realista, reprogramação orçamentária de 21% em 2015, fusão, extinção e incorporação de algumas estatais, acordo de resultados, extinção de fundos, divulgação de salários, readaptação de militares da BM, mudanças nas alíquotas de impostos sobre heranças, entre outras”, relata.

O presidente da ACIC agradeceu a presença do vice-governador, lembrando que Cairoli foi presidente da Federasul e é incentivador do associativismo. "A realização deste evento no momento delicado que vive o Estado e o País, em termos financeiros, políticos e éticos mostra a preocupação da ACIC em discutir soluções para a crise, com quem realmente tem condições de ajudar a gerenciá-la. Cairoli é do meio empresarial, tem conhecimento da área e um grande interesse em reerguer o Estado a um patamar mais elevado", destaca.

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